sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Metaviagens no Muséum d'Histoire Naturelle de Paris

Em Paris, pude fazer várias metaviagens pelos textos manuscritos e impressos dos curiosos impertinentes que singravam os mares em busca das mesmas e antigas novidades, alimentando a memória da biblioteca que vai fazendo com que um texto leve ao outro leve ao outro leve ao outro, ou como diz Umberto Eco, em O Nome da Rosa, fazendo do livro o lugar de um longo e secular sussurro, de um diálogo imperceptível entre pergaminho e pergaminho, uma coisa viva, um receptáculo de forças não domáveis por uma mente humana, tesouro de segredos emanados de muitas mentes, e sobreviventes à morte daqueles que os produziram, ou os tinham utilizado.

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